Não é só sob rodas que trabalha a Polícia Militar, mas sob cavalos também. Há 31 anos, as ações mais próximas da população em grandes eventos são realizadas pelo Regimento de Polícia Montada (RPMON), que, além do policiamento diário, também atua em eventos de grande aglomeração de público e ainda desenvolve programas sociais.

Mais conhecida como Cavalaria da Polícia Militar, o RPMON realiza ao logo de 27 anos, um dos trabalhos sociais mais importantes da Corporação, a “Equoterapia”, método de reabilitação de pessoas com deficiência com o uso de cavalos.

De acordo com o comandante do Regimento, major PM Paulo Dionísio Muniz, existem alguns critérios que são adotados antes de participar do programa. Inicialmente, deve haver a indicação de um profissional da saúde. Durante o processo de seleção é realizada uma entrevista com a equipe multidisciplinar, composta por psicólogo e fisioterapeuta, especializados no ramo, que definem se o paciente pode ou não receber o tratamento. São analisados fatores como idade, tônus muscular, sustentação, e a necessidade especial.

O major explica que o tratamento pode durar de um a dois anos, dependendo de cada caso. Atualmente, seis policiais e três funcionários civis realizam o atendimento de 55 pacientes, entre crianças e adolescentes.

“Sendo aprovado, o paciente passa para a lista de espera, pois, atualmente, temos cerca de 500 pessoas aguardando vaga. Em média, a cada seis meses, damos alta de 15 a 20 pacientes e são chamados outros, para o qual realizamos todo o processo de integração. Absolutamente tudo é filantrópico, o paciente não paga por nada”, contou.

Segurança - Quanto às ações no policiamento, o regimento é uma Unidade Especializada no Processo de Policiamento a cavalo, a qual trabalha no patrulhamento preventivo em áreas com grande densidade demográfica e fluxo de pessoas a pé, praças desportivas e grandes eventos, sendo empregada em operações de controle de distúrbio civis em apoio também ao 1º e 2º Batalhão de Choque, reintegrações de posse e operações de segurança no sistema prisional.

Uma equipe veterinária fica de prontidão 24h para atuar antes, durante e após o serviço. Ao chegar no quartel, horas antes do início do policiamento montado, o policial verifica a saúde do animal, partindo assim para os cuidados básicos de preparo e limpeza. Em seguida, o policial verifica seu material de encilhamento, deixando o cavalo pronto para o embarque no caminhão-baia, e posterior deslocamento ao serviço.

Nos locais, a Cavalaria se destaca principalmente pela visibilidade, pois o grande diferencial deste processo de policiamento é o porte avantajado do equino, o qual deixa o policial numa plataforma acima de 2m, que permite ver e ser visto, em meio a grandes multidões, aliado ao impacto psicológico e ostensivo que causa num contraste urbano e rural, o que desencoraja possíveis crimes ou desordens por parte de pessoas mal intencionadas.

Além disso, destacam-se como vantagens a flexibilidade, força e rapidez intrínsecas ao cavalo, o qual pode acessar qualquer terreno em curtos espaços de tempo, como também pode cobrir uma área mais abrangente de patrulhamento com maior eficiência.

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